Muito se fala do resultado acima da média que as chamadas “empresas digitais” entregam para seus acionistas. No caso das empresas citadas, elas conseguem ser até 40% mais produtivas que as demais, com margens de lucro de 30 a 50% maiores.
É provável que a maioria das pessoas pense que isso se deve ao fato de serem empresas de altíssimo nível, trazendo assim funcionários de ponta, o que justificaria os bons resultados. Mas não é isso que ocorre na prática. Segundo uma pesquisa da consultoria Bain & Company, essas empresas têm 16% de profissionais de ponta, ao passo que a média das outras empresas fica na casa dos 15%. Ou seja, em termos de funcionários bem qualificados, há um equilíbrio, o que nos leva a crer que a diferença está na gestão dessas empresas e na forma em que esses funcionários são alocados.
As empresas tendem a dividir seus bons funcionários de forma democrática e igualitária, espalhando-os por todas as áreas da empresa. Já o Google ou a Apple, por exemplo, fazem diferente: elas primeiro identificam quais áreas ou funções da empresa são essenciais e críticas para o desenvolvimento da empresa, para depois alocar seus melhores funcionários nessas áreas estratégicas, preenchendo até 95% da área com funcionários de ponta.